A reinserção social da vítima pode ser feita de diversas maneiras, através da intervenção de instituições, como a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima).

As instituições de apoio à vítima actuam na reinserção da vítima através do desenvolvimento de um processo de apoio que engloba duas etapas. A primeira etapa é a intervenção na crise, em que as instituições apoiam a vítima no momento do crime, de diversas maneiras. A segunda etapa é a intervenção continuada, em que são prestados diferentes apoios: emocional, jurídico, psicológico e social.

Estas instituições para além do desenvolvimento deste processo de apoio, criam um sistema de mediação entre a vítima e o delinquente, em que existe um acompanhamento psicológico de ambos.

Para ajudar a reinserção das vítimas de crimes, são criadas casas de apoio. As vítimas, consoante o tipo de crime, podem ficar instaladas, de modo a sentirem-se mais seguras e protegidas, como é o caso dos crimes de violência doméstica.

A intervenção a nível social, engloba a obtenção de habitação, emprego, educação das crianças, entre outros, o que nem sempre é fácil conseguir, pode, por isso, em certos casos demorar algum tempo.

A reinserção social da vítima nem sempre é fácil não só porque a vítima ainda se sente muito em baixo com o acontecido, como também porque nem sempre se sente apta para reiniciar a sua vida, de modo a ultrapassar o acontecido.

Também existem casos, em que a sociedade em si, não facilita a reinserção, por tratarem essas pessoas que foram vítimas de algum tipo de crime, de uma forma diferente.